Viagra feminino parece não estar dando certo

Tanya Zbrodko mavka@inbox.ru

Segundo informações do site http://mulher.terra.com.br/,  a liberação definitiva da nova droga (Addyl) está prevista para agosto, mas, antes mesmo dela sair, o medicamento conhecido como “Viagra feminino” já causa polêmica, devido a efeitos colaterais e por não levar em conta todos os fatores emocionais envolvidos no desejo sexual feminino, de acordo com médicos e terapeutas. As curiosidades sobre o produto foram apontadas pelo Daily Mail:

Primeiros tipos de “Viagra feminino” falharam
Ao longo dos anos, foram muitas tentativas sem sucesso para criar o tal Viagra feminino. A impotência masculina geralmente é causada por problemas de falta de fluxo sanguíneo para os órgãos genitais e o Viagra funciona melhorando esse fluxo. Em 2004, a Pfizer testou o Viagra em mulheres, mas, apesar de aumentar o fluxo sanguíneo nelas, não melhorou a excitação e nem fez com que praticassem sexo com mais regularidade.

Outra abordagem envolveu dar às mulheres o hormônio masculino testosterona para aumentar o desejo. Enquanto em alguns casos os produtos ajudaram, também podem ter efeitos colaterais infelizes, como pelos do corpo e outras características masculinas, sendo que há quem teme que possam estar relacionados à formação de coágulos sanguíneos.

Um adesivo de testosterona chamado Intrinsa estava disponível no Reino Unido a partir de 2007, mas em 2012 o fabricante cancelou sua licença, alegando razões comerciais. Em 2011, uma pomada de testosterona, a LibiGel, mostrou-se não ser mais eficaz do que um placebo e, por isso, não conseguiu uma licença.

Novo medicamento funciona no cérebro
A nova droga, a Addyi, é controversa e traria efeitos secundários, como sonolência, quedas súbitas da pressão arterial e desmaio, especialmente em combinação com álcool. Em ensaios clínicos, esses incômodos foram suficientes para fazer um em cada seis mulheres parar de tomar a medicação.

Ela não age diretamente sobre os órgãos genitais, e sim no cérebro feminino, alterando a forma como respondem à serotonina e à dopamina. A teoria é que isso pode fazer com que o cérebro experimente mais prazer durante o sexo e que os níveis elevados desses produtos químicos também reforcem memórias agradáveis dos encontros, tornando as mulheres mais propensas a querer repetir a experiência.

depreAnti-Depressivo

Alguns especialistas dizem que o Addyi é apenas um “antidepressivo que falhou”. É que ele foi originalmente desenvolvido como um medicamento antidepressivo, mas falhou em ensaios clínicos, e o então a empresa farmacêutica proprietária da droga, Boehringer Ingelheim, o reinventou como um potencial tratamento para a baixa libido nas mulheres.